Muita gente não conhece
o significado da palavra sustentabilidade e pensa erroneamente que tem a ver
com algo que é forte e economicamente viável.
O movimento ecológico começou oficialmente
com a conferência de Estocolmo em 1972, a primeira grande reunião mundial para
discutir assuntos ambientais.
Depois, em 1983, a ONU criou a Comissão
Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento para continuar os trabalhos
iniciados em 1972. Esta comissão tinha como objetivo achar maneiras de integrar
a preservação do ambiente ao desenvolvimento econômico. Foi numas dessas
reuniões que surgiu a idéia de promover o desenvolvimento, mas não de qualquer
jeito. Teria de ser sustentável. A partir daí, ficou definido que
desenvolvimento sustentável é aquele que não prejudica nem a geração atual, nem
as futuras.
Portanto, foi uma
decisão política e nossos políticos que tomam a decisão no executivo e
legislativo precisam prestar atenção no que se passa no mundo e tomar medidas
não só pensando nas próximas eleições, mas também e principalmente nas próximas
gerações.
Nosso prefeito carismático e popular, e
que prometeu fazer de Castanhal município modelo em sustentabilidade apresentou
recentemente na FUNCAST as realizações dos Cem dias de seu governo.
O município vai receber
R$20 milhões do PAC para continuação dos canais, isto é, vai continuar a
transformação das nascentes do município em esgotos canalizados prejudicando as
atuais e futuras gerações. Paragominas transformou suas nascentes urbanas em
atração ecológica do município ao reflorestar as matas ciliares delas.
E
mais R$65 milhões para saneamento básico e pavimentação dos bairros, ou seja,
não tem nenhum projeto para arborização e implantação de ciclovias nos bairros.
Coitados dos castanhalenses que estão por nascer, não terão a oportunidade de
ver uma nascente límpida e nem sombras refrescarão seus corpos no verão. Gripes
e insolação terão. Mais hospitais serão construídos.
Querem ver a importância da arborização em
uma cidade? É só dar uma passada ao meio dia pela nova Praça do ESTRELA,
construída pelo Governador Almir Gabriel, e vejam a fila de carros brigando por
estacionamento bem embaixo das sombras das mangueiras lá plantadas.
As rotatórias foram
construídas, mas não avisaram os pedestres, isto é, foi uma decisão
exclusivamente para os com veículos.
A Secretaria de Educação deveria qualificar
professores, agentes, auxiliares de administração e técnicos pedagógicos com
noções de sustentabilidade e preservação do meio ambiente, além de incluir
educação ambiental como disciplina obrigatória em seu conteúdo programático. Isto é fundamental. Que bons cidadãos teríamos
no futuro. As grandes cidades do mundo
já emitem multa para o cidadão que joga lixo nas ruas. É uma boa idéia para
aumentar a arrecadação municipal.
A Secretaria de Agricultura
pode promover a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF’S) nas propriedades
agrícolas e assim o nosso solo não sofreria ação da erosão e teríamos produção
de alimentos por várias gerações.
A Secretaria de Saúde pode
e deve capacitar seus agentes comunitários de saúde para levarem noções de
sustentabilidade, selecionar lixo orgânico e reciclável e repassarem estes
conhecimentos aos comunitários.
Para piorar, nossa presidente prolongou
a redução do IPI dos carros até o fim do ano. Qualquer pessoa sensata que more
nas grandes e médias cidades sabe que estamos chegando ao limite. Que tal fazer
rodízio de placas? Em São Paulo deu certo.
Parece que o Código
Ambiental Municipal vai ser aprovado pelos vereadores. Vamos esperar para ver.
Se não for um mero arrecadador de taxas e cumprir com a constituição, ainda
temos uma esperança.
Eu sempre comparo a ecologia com a
escravidão. Hoje temos vergonha de ter acontecido no Brasil, mas na época a
elite achava normal e se beneficiava dela. Foi preciso outros países pressionar
para acabarmos com a escravidão.
Você decide.
Castanhal, Pará, 10
de Abril de 2013.
Professor
GILBERTO QUEIROZ CARNEIRO
Presidente do Partido Verde de Castanhal
Suplente de Vereador pelo PV
Telefone
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