O paradoxo da fartura vem a ser um castigo de Deus para quem não sabe
aproveitar os recursos naturais que o criador do universo destina a
determinados países ou povos. O exemplo mais citado e conhecido é o de Israel,
que cercado por países com fartura de petróleo e inundados de petrodólares não
se preocupam com quase nada, enquanto Israel sem ter onde tirar óleo das
pedras, investe na educação de sua população preparando-a para um futuro auto
sustentável.
A escassez de água é outro exemplo dado por Israel que comprova a teoria
do paradoxo. Sem ter reserva de água potável e ainda disputando com vizinhos
inimigos pelo uso da água do místico Rio Jordão, desenvolveu tecnologias de
ponta no uso de água para agricultura, consumo humano e dos animais.
Outro exemplo temos aqui na América do Sul na nossa vizinha Venezuela
onde, abarrotada do ouro negro, estando atualmente em 1º lugar em reservas
comprovadas de petróleo com 297 bilhões de barris (o Brasil só tem 15 bilhões)
importa hoje quase todos tipos de produtos, pois a fartura dos dólares do
petróleo levaram os dirigentes da pequena Veneza a não se preocuparem em
produzirem outro produto além do maldito óleo. Indiretamente tem sido bom para
o país do pau cor de brasa, pois exportamos desde búfalos, bois, alimentos e
outros produtos que suprem o consumo capitalista daquele país bolivariano. Se
as reservas brasileiras do pré-sal forem confirmadas, estima-se que nossas
reservas chegarão entre 80 a 100 bilhões de barris, colocando-nos entre os seis
maiores produtores do mundo. Não sejamos como a Venezuela, mais sim como Israel
na questão de lidar com nossas riquezas. Concordam comigo?
Temos outro exemplo aqui pertinho, na “nossa” Amazônia. Tão farta em florestas
e em recursos hídricos. O criador do universo nos deu esta fartura de recursos
naturais e o que estamos fazendo? Acabando com as florestas e com os igarapés!
Para não irmos longe, vamos ficar na nossa cidade de Castanhal, cujo nome
significa grande quantidade de castanheiras. Temos o Rio Apeú, maior em volume
d’água do que o famoso Rio Jordão citado anteriormente, e não tem nenhum plano
quer Estadual, Municipal ou Federal de preservação ou aproveitamento, e
tratamento do precioso liquido. E o Igarapé Castanhal? E o Igarapé Caiçara? Nem
queria falar mais neles, pois estou ficando repetitivo. O que temo é que
sejamos vitimas do paradoxo da fartura. Vamos preservar o que ainda resta de
nossos igarapés e reflorestar nossas matas ciliares!
Citando Heliana Barriga,
grande poetiza e compositora castanhalense, diria que: “Nas florestas os
animais precisam das plantas, as plantas precisam dos animais. Os animais e as
plantas precisam dos rios. Os rios precisam dos peixes. Peixes precisam de
outros peixes, todos precisam de todos, todos precisam de todos!”.
No dia 22 de Dezembro de
2013 completou 25 anos do assassinato do nosso correligionário do Partido
Verde, o grande líder ecológico Chico Mendes, que também é o Patrono do Meio
Ambiente Brasileiro (Lei nº 12.892, de 12-12-2013). Ele se destacou no Brasil e
no mundo inteiro porque conseguiu provar que a preservação e valorização do
meio ambiente ecologicamente equilibrado é muito mais benéfico para todas as
pessoas!
Castanhal, Pará, 23 de Dezembro de
2013.
Professor GILBERTO QUEIROZ
CARNEIRO
Presidente do PV de Castanhal
- Suplente de Vereador – Partido Verde -
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